a arte de não resistir
Esse foi um ano de “perdas”.
Perdi um concurso para o qual me dediquei bastante. (na
verdade ele que me perdeu :P)
Perdi minha vesícula.
Perdi muitas crenças.
Não perdi os quilos que planejei, nem tudo é perfeito.
Perdi minha vesícula.
Perdi muitas crenças.
Não perdi os quilos que planejei, nem tudo é perfeito.
Me peguei diversas vezes
escrevendo esse texto. Não saía. Não por falta de comprometimento com vocês.
Mas era tanto, tanto para falar, mas tão pouco a dizer. Me contive. Nas minhas
horas vagas de concurseira (se é que isso existe) eu sou uma fã insaciável de
física quântica. Estudiosa voraz do assunto.
Dizem tais leis universais que
todos os acontecimentos de nossa vida se dão por ressonância. No universo quântico
das infinitas possibilidades, nós atraímos exatamente aquilo que precisa ser
curado em nós.
Eventos e mais eventos que se
repetem. Não, não é o universo te testando. Não é um velhinho de barba branca
te condenando lá de cima de suas nuvens. É o seu processo te transformando, te
moldando, te lapidando.
Enquanto eu dizia a mim mesma que
eu precisava resistir, a vida me convidava a resilir.
Resistência e Resiliência. Forças
diametralmente opostas, mas lado a lado, confirmando as polaridades da física
quântica, mais uma vez.
Logo eu.. que sempre prezei pela
bravura romana, talvez, agora, devesse aprender com a coragem dos brandos. E em
vez de remar contra a maré... fluir com a força das correntezas.
Em vez de querer me encaixar... pertencer.
Em vez de gritar ao mundo com a fúria de um guerreiro... silenciar
Em vez de brigar pelos meus sonhos... celebrar os caminhos que a vida me deu
Em vez de resistir bravamente (bravura que vem da mente, instinto protetor)... resilir corajosamente (a coragem que vem de um coração desperto e consciente).
Em vez de querer me encaixar... pertencer.
Em vez de gritar ao mundo com a fúria de um guerreiro... silenciar
Em vez de brigar pelos meus sonhos... celebrar os caminhos que a vida me deu
Em vez de resistir bravamente (bravura que vem da mente, instinto protetor)... resilir corajosamente (a coragem que vem de um coração desperto e consciente).
.. Porque há de se ter muita
coragem para permitir que o processo te transforme e te engrandeça.
Há de se ter muita coragem para
olhar para o telhado que se perdeu e ver o quanto o seu céu pode brilhar.
Há de se ter muita coragem para saber
perder, porque saber perder é saber se reinventar.
Perder esse concurso talvez tenha sido o meu grande ganho. Foi nessa perda
que descobri forças e potencialidades que eu sequer imaginava. Descobri
caminhos e oportunidades com os quais eu sequer sonhava.
Então, meu amigo concurseiro, não tenha medo de perder. Não tenha medo da reprovação. “Progresso é melhor do que perfeição”. Deixo o meu convite a você, caro concurseiro, para que, nesse final de ano, olhe para o seu processo de estudos, resignificando cada momento que passou, cada etapa que venceu, cada estrela que brilhou
Então, meu amigo concurseiro, não tenha medo de perder. Não tenha medo da reprovação. “Progresso é melhor do que perfeição”. Deixo o meu convite a você, caro concurseiro, para que, nesse final de ano, olhe para o seu processo de estudos, resignificando cada momento que passou, cada etapa que venceu, cada estrela que brilhou
E pensando bem, como eu poderia
vir aqui, reclamar por ter “perdido” meu chão.. se eu ganhei asas pra voar.. É como diz o ditado: “quem perde o telhado ganha as estrelas”
E como.. como tem brilhado esse meu céu.
E como.. como tem brilhado esse meu céu.
PAOLA TUZANI. PROFESSORA, FUTURA
AUDITORA, APAIXONADA PELA VIDA E FALANTE PELOS COTOVELOS.